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(Foto: Google) |
" Trabalhamos, compramos, vendemos e construímos relações sociais; discorremos sobre política, economia e ciências, mas no fundo somos meninos brincando no teatro da existência, sem poder alcançar sua complexidade. Escrevemos milhões de livros e os armazenamos em imensas bibliotecas, mas somos apenas crianças. Não sabemos quase nada sobre o que somos. Somos bilhões de meninos que, por décadas a fio, brincam neste deslumbrante planeta."
"Ele começou a resgatar sua história e sua identidade. Júlio César Lambert - esse era o seu nome - era portador de raciocínio arguto, rápida, privilegiado. Em sua promissora carreira acadêmica, quando defendera suas teses de mestrado e doutorado, obtivera notas máximas com louvor. Também havia participado de muitas bancas como avaliador de trabalhos alheios. Perturbava mestrandos e doutorandos com suas críticas ácidas. Sempre fora um ególatra, e sua expectativa era de que os outros gravitassem em órbita da sua inteligência. Agora, no entanto, participava de uma banca cujo avaliador era um maltrapilho. Sentia-se uma criança indefesa diante dos próprios medos e da própria falta de sabedoria. Mas, pela primeira vez, foi chamado de menino, e não se contorceu de raiva, pela primeira vez teve prazer em reconhecer sua pequenez. Já não se sentia um homem diante do próprio fim; via-se como um ser humano em reconstrução."
(Augusto Cury, O vendedor de Sonhos)
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Erica dos Anjos |
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